2.500 policiais, drones com bombas e 4 mortes: Governador do RJ fala sobre operação histórica

2.500 policiais, drones com bombas e 4 mortes: Governador do RJ fala sobre operação histórica
Compartilhar:
Comentar com Facebook:

2.500 policiais e drones com bombas: as 4 mortes na operação histórica que marca a retomada do RJ

Em entrevista exclusiva ao programa Alo Você, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, revelou detalhes da megaoperação que balançou o estado ontem. Com uma área de atuação equivalente a duas vezes Copacabana e envolveu 2.500 policiais, a ação visava desarticular facções criminosas nos complexos da Penha e do alemão. O resultado: quatro policiais mortos e um longo caminho de reconstrução pela frente.

O que aconteceu

A operação, classificada pelo governador como “o início da verdadeira retomada do RJ”, cumpre um planejamento de 60 dias. Mas a investigação já durava um ano, com participação do Ministério Público e apoio de órgãos de controle. O objetivo era desarticular estruturas criminosas, desarticular lideranças e intimidar organizações que dominasam territórios.

  • 2.500 policiais mobilizados (PMs, BPEs e equipes especializadas)
  • Área de cobertura: 9.000 km² em territórios dominados por facções
  • Uso de drones com explosivos por parte dos criminosos

O governador confirmou: a ação foi técnica e planejada, mas traz um peso profundo – a morte de quatro policiais considerados “heróis” por Castro, que solidarizou-se com as famílias durante a entrevista.

Próximos passos

Castro deixou claro que isso não é o suficiente. Em reunião com a cúpula de segurança pública, foram definidas ações para fortalecer a repressão às drogas:

  • Operações integradas semanais (não isoladas)
  • Parceria com o governo federal e outros estados
  • Extensão da cobertura ao território de margem do Complexo da Penha

A decisão está alinhada com a decisão do STF sobre compartilhamento de responsabilidades entre órgãos de segurança pública.

Um problema nacional

Para Castro, as facções que operam no RJ hoje já são organizações nacionais ou mesmo internacionais, citando presença na América do Sul e Europa. Ele enfatiza: “O problema não é só do Rio, é do Brasil inteiro – às vezes é só questão de densidade demográfica”. O PCC e o Comando Vermelho foram citados como grupos prioritários.

Resposta à politização

Ao ser questionado sobre críticas de que estaría fazendo politicagem com a operação, Castro foi categórico: “Não sou candidato, já fui reeleito. O que estou fazendo é a política de salvar vidas, uma operação técnica acompanhada pelo Ministério Público o tempo todo”.

Uma ponte para a reconstrução

O segredo será a integração entre os entes federados e o engajamento popular. Castro reforça o futuro:

O Rio de Janeiro pode ser o princípio de uma mudança real no país. A operação de ontem foi apenas o início de um longo percurso.

Compartilhar:
Comentar com Facebook: