Moraes dá ordem de chaveamento e põe PF no comando da segurança de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes acaba de soltar uma bomba: a escolta de Jair Bolsonaro durante deslocamentos para hospitais não será mais responsabilidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A partir desta quarta-feira (17), somente a Polícia Federal ou a Polícia Penal poderão conduzir o ex-presidente – preso em casa desde 4 de agosto de 2025. A decisão sacudiu o cenário político e acendeu alertas sobre o cerco que se fecha em torno do bolsonarismo.
A medida veio após a internação de Bolsonaro no hospital DF Star, no último domingo (14). Imagens flagraram o ex-presidente parado por minutos do lado de fora do veículo após o atendimento. O episódio foi o estopim para Moraes disparar uma cobrança ácida:
“Justifiquem imediatamente o motivo da demora no transporte do custodiado”.
Enquanto isso, o GSI foi rebaixado à segurança da família de Bolsonaro. O ministro ainda espetou um puxão de orelha nas instituições: ordenou que a PF, a Polícia Penal e o próprio GSI fossem comunicados com urgência sobre a nova regra. Não há margem para erros – e nem para aliados do ex-presidente interferirem.
Na segunda-feira (15), Moraes já havia disparado um ultimato à Polícia Penal, exigindo relatório completo sobre os agentes envolvidos, o veículo usado e cada detalhe da operação hospitalar. Agora, o novo capítulo desta novela reforça a tese de que o ministro quer secar qualquer influência bolsonarista na segurança do ex-presidente.
E o clima esquenta: o afastamento do GSI é visto como mais uma facada na antiga estrutura de poder de Bolsonaro. Enquanto a PF assume o leme, as regras do jogo mudam – e a pressão sobre o ex-presidente atinge níveis estratosféricos. A pergunta que não cala: até quando a situação vai umedecer a perseguição política que domina o país?



