Mesa da Câmara antecipa saída de Zambelli: alvo na Itália assiste ao próprio gabinete mudar de mãos enquanto perda de mandato fica mais próxima
Integrantes da Mesa Diretora da Câmara se reuniram informalmente na semana passada e, em questão de minutos, esvaziaram o pouco de poder que ainda restava à deputada Carla Zambelli, atualmente presa na Itália após condenação no STF por invadir dados do CNJ. A decisão, tomada em conversa remota, autoriza o suplente Coronel Tadeu a trocar toda a equipe do gabinete da parlamentar: nomeia quem quiser e demite quem ela contratou — tudo sob aval da própria Mesa.
Imediatamente, aliados de Hugo Motta, presidente da Câmara, exaltam o simbolismo do gesto.
“Foi uma forma de a Mesa mandar recado público, já que o processo de perda de mandato dela está parado na CCJ.”
Enquanto isso, o calendário acelera: dias após a mudança de bastidor, Paulo Azi, presidente da CCJ, convocou para esta quarta-feira a audiência final com testemunhas de Zambelli. superada essa etapa, o relator Diego Garcia entrega o parecer e, portanto, a perda de mandato pode sair antes de outubro. A lentidão até aqui, porém, alimenta o receio de que deputados tentem blindar a colega — e a sociedade já aponta o dedo para a possível impunidade.



