Escândalo bombástico: Ministro Dino pedia 31 anos para Bolsonaro e 30 para Braga Netto – prisão de bilhões em jogo

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Ministro vira réu de si mesmo: Dino pede 30 anos para general que antes chamava de “freio do golpe”

Flávio Dino, o auxiliar que no auge do caos de 8 de janeiro jurava ter ouvido de “fonte segura” que Walter Braga Netto barrara Jair Bolsonaro na beira do abismo, voltou ao tribunal desta vez como acusador e exigiu 30 anos de cadeira para o mesmo general. A revelação caiu como bomba na Primeira Turma do STF: o homem que reuniu relatórios para “provar” a moderação do militar agora o rotula como mentor do plano que quase demoliu os Três Poderes.

“Ele não era o lúcido, era o lobo dentro do galinheiro”

, disse Dino a interlocutores momentos depois de formalizar a pena máxima pedida, segundo relato que circulou nos corredores do Supremo.

A trama gira 180 graus: enquanto em 2023 o então ministro da Justiça repetia aos quatro ventos que Vicente Santini e Jorge Oliveira convenceram Bolsonaro a recuar, agora ele próprio assina parecer que coloca Braga Netto no banco dos líderes da quadrilha. A mudança de versão explode justamente quando a corte exibe mensagens, vídeos e interceptações que, segundo o magistrado, desmentem qualquer versão piedosa sobre o general.

  • Jair Bolsonaro: 27 anos e três meses – Dino queria 31;
  • Walter Braga Netto: 26 anos – Dino bateu a mesa por 30 anos, 2 meses e 15 dias;
  • Anderson Torres e Almir Garnier: 24 anos cada, com perda automática de cargo;
  • Alexandre Ramagem: 16 anos, 1 mês e 15 dias, além de perder mandato de deputado;
  • Mauro Cid: apenas 2 anos, troca de delação premiada.

Enquanto isso, os oficiais da ativa (exceto Cid) aguardam o veredito militar que deve arrancar suas patentes no Superior Tribunal Militar. Portanto, o saldo é devastador: sete cabeças pensantes do golpe sentenciadas a mais de 140 anos de cadeia somados, sem contar as punições administrativas que arrancam distintivos, mandatos e aposentadorias privilegiadas.

A ironia, no entanto, fica por conta de Flávio Dino. Ontem herói que jurava ter escutado Braga Netto dizer “não vamos invadir”, hoje ele mesmo carimba a assinatura que enterra o general atrás das grades por três décadas.

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