Turbulência no Orçamento 2026: Votação da LDO é Adiada Após Pressão Política
Em meio a um cenário de tensão fiscal, a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 foi abruptamente adiada nesta terça-feira (2025). O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), confirmou o impasse após ser pressionado por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Congresso.
Enquanto isso, o governo federal virou alvo de críticas duras. Efraim acusou o Executivo de adotar uma estratégia equivocada ao tentar postergar a análise da LDO até resolver disputas financeiras geradas pela queda da Medida Provisória do IOF.
“É uma decisão equivocada querer gastar primeiro e buscar receita depois. Essa conta não fecha se não houver planejamento rigoroso”,
declarou o senador durante audiência no Senado, dirigindo-se diretamente ao ministro Fernando Haddad.
Em resposta, Haddad participou de uma reunião urgente com Alcolumbre no fim da tarde. O encontro gerou novas dúvidas: será que o governo busca brechas para flexibilizar metas fiscais? Efraim alertou:
“Cabe ao Congresso definir os cortes necessários se houver queda de receita, mas estamos sendo impedidos por essas manobras. Enquanto se conversa, o tempo corre contra o país”,
disparou, defendendo a redução de custos e qualificação dos gastos públicos.
A queda do IOF, que reduziu a arrecadação em 2025, virou o centro da crise. O senador teme que a LDO seja usada como “canal” para contingenciamentos irregulares, colocando em risco a estabilidade econômica.
Além disso, a disputa expõe um racha entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Enquanto Haddad busca alternativas para equilibrar as contas, líderes congressistas travam uma batalha pelo controle do Orçamento. Uma coisa é certa: as decisões desta semana definirão os rumos fiscais do Brasil em 2026.



