Voto secreto de Moraes vaza e abala Brasília: ministro surpreende até aliados

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Ministro do STF prepara voto de três horas que pode selar o destino de Jair Bolsonaro

Imediatamente após o recesso, Alexandre de Moraes subirá à tribuna da Primeira Turma do Supremo para entregar um voto que, por si só, deve durar cerca de três horas. Portanto, terça-feira promete apitar o coração do ex-presidente Jair Bolsonaro: o relator detalhará, passo a passo, os motivos que podem levar à responsabilização do ex-chefe do Executivo na investigação sobre a suposta tentativa de golpe.

Além disso, a sessão se dividirá em dois momentos explosivos:

  1. Primeiro, ele esquadrinhará as preliminares, isto é, todos os recursos que as defesas apresentaram para enterrar o caso ainda antes de tocar no conteúdo;
  2. Depois, partirá para o mérito, onde conectará mensagens, vídeos, depoimentos e planilhas em um “raio-X” que deve individualizar autoria e materialidade dos crimes imputados.

Enquanto isso, quem desponta no centro das atenções é o tenente-coronel Mauro Cid. A validade da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro — questionada desde o começo — será uma das primeiras bombas destonadas por Moraes. Se o acordo cair, parte da estrutura de provas pode ruir; se resistir, aperta o cerco.

Por outro lado, aliados do ex-presidente já admitem:

“Esperamos um voto político, com defesa cerrada da soberania nacional e da independência do Judiciário.”

A expectativa, nos corredores do tribunal, é de que o relator também cite a ofensiva dos Estados Unidos diante do avanço da investigação — tema que, inclusive, já mobilizou diplomatas nos últimos dias.

Após Moraes, o painel de votação segue em ritmo acelerado:

  • Flávio Dino
  • Luiz Fux
  • Cármen Lúcia
  • Cristiano Zanin, que fecha a conta na condição de presidente da Turma.

Sessões estão marcadas para terça, quarta, quinta e sexta-feira da próxima semana. Ainda não ficou claro se Moraes indicará já nesta terça as penas que entende cabíveis ou se adiará a dosimetria para depois de coletar os votos dos colegas. Qualquer que seja a escolha, o clima é de tempestade anunciada: cada parágrafo do voto deve ser acompanhado ao vivo por governistas, militares e pela própria oposição, todos com olhos grudados na TV Justiça.

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