Vitória apertada: Senado mantém Gonet na PGR por 45 a 26

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Senado Approva Recondução de Paulo Gonet na PGR com Votos Tumultuados

Em uma decisão que agitou os corredores do Congresso, o Plenário do Senado confirmou nesta quarta-feira (12) a permanência de Paulo Gonet na Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos. A votação terminou com contundência: 45 votos favoráveis contra 26 contrários, superando a maioria absoluta necessária de 41 votos. Portanto, Gonet manterá o comando do Ministério Público até 2027.

EM 2026 EM QUEM VOCÊ VOTARIA? FLÁVIO BOLSONARO OU LUIZ IGNÁCIO LULA

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Enquanto isso, horas antes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia dado o sinal verde com aprovação por 17 votos a 10. A análise da mensagem presidencial (MSF 60/2025), conduzida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), acelerou o processo que culminou no plenário.

A votação final no Senado ocorreu sob sigilo imediato, eliminando qualquer registro oficial de votos individuais ou alinhamentos partidários. No entanto, durante a sessão, o debate revelou um cenário de confronto direto.

— O Brasil precisa e merece um Ministério Público altivo e independente — declarou Jorge Seif (PL-SC), criticando a gestão atual como “apagada e subserviente“, ausente quando deveria se posicionar e ativa apenas por conveniência política.

Por outro lado, defensores saíram em defesa feroz do procurador. Daniella Ribeiro (PP-PB) destacou sua credibilidade institucional com veemência:

— Ele [Gonet] é um homem honrado. Sua história o dignifica — ressaltou a senadora, enquanto aplausos ecoavam no plenário.

A sabatina na CCJ, precedendo a aprovação, transformou-se em campo de batalha. Gonet apresentou números impactantes sobre os processos dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023: 715 condenações, 12 absolvições e 606 casos pendentes. Ele enfatizou que todas as decisões seguiam rigorosamente a Constituição e a lei.

Enquanto aliados elogiavam sua postura técnica e ética, oposicionários questionaram sua independência do Supremo Tribunal Federal e o manejo de investigações sensíveis. O resultado final, no entanto, selou a continuidade de Gonet no cargo mais poderoso do Ministério Público brasileiro.

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