STF permite almoço familiar de Bolsonaro sob prisão domiciliar em gesto polêmico
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou neste sábado (18) um evento que gerou revolta nos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-chefe do Executivo, atualmente em prisão domiciliar desde agosto de 2025, poderá receber nove convidados para celebrar os 15 anos de sua filha mais nova – enquanto enfrenta acusações ligadas a atos antidemocráticos.
A decisão permite a entrada de seis integrantes de grupo de orações liderado por Michelle Bolsonaro, além da senadora Damares Alves e do maquiador Agustin Fernandez. Porém, o juiz impôs regras duras: todos os veículos que saírem do local serão vistoriados, incluindo revista em habitáculos e porta-malas, para garantir o cumprimento das condições da prisão.
Carlos Bolsonaro reagiu com indignação em postagem nas redes sociais:
“O Brasil chegou a um ponto inimaginável. O último Presidente da República, eleito por mais de 58 milhões de brasileiros, é mantido sob prisão ilegal, massacrado diariamente pela imprensa e pela máquina estatal, impedido até de exercer o direito mais básico: viver com tranquilidade ao lado da própria família.”
“Jair Bolsonaro precisa pedir autorização ao STF para comemorar os 15 anos da filha. O homem que já governou uma nação inteira sem um caso de corrupção […] agora depende de ‘benevolência’ judicial para celebrar a vida da própria filha adolescente.”
“O mais revoltante não é apenas a perseguição – e sim o silêncio cúmplice da chamada ‘direita permitida’, que prefere assistir calada à corrosão da democracia para preservar cargos.”
Enquanto isso, a determinação judicial reforça o conflito entre familiares de Bolsonaro e o STF. Analistas destacam que o episódio simboliza a tensão entre medidas de segurança nacional e direitos individuais de figuras políticas sob investigação. O almoço familiar, que deveria ser um momento íntimo, transformou-se em mais um capítulo da guerra política que divide o país.
