Aliados de Bolsonaro articulam prisão domiciliar como plano B para evitar Papuda
Os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão em alerta total. Com o risco iminente de o ex-mandatário ser enviado para o Complexo da Papuda, o núcleo político do PL já traça estratégias para garantir que ele cumpra eventual pena em regime domiciliar. A jogada, encarada como um “plano B” diante da dificuldade de aprovar a anistia, surge como uma tentativa desesperada de evitar que a decisão do ministro Alexandre de Moraes se torne realidade.
“Sua tendência é enviar Bolsonaro à Papuda, descartando negociações”
A afirmação, atribuída a fontes próximas ao STF, acendeu o sinal vermelho entre os bolsonaristas. Enquanto isso, parlamentares correm para incluir na PEC da Anistia um artigo que blinde ex-presidentes contra prisões em presídios comuns. O argumento é a segurança física de Bolsonaro, mas há ainda outro fator: o recente diagnóstico de lesão suspeita de câncer de pele, que pode ser usado como justificativa humanitária em um pedido direto ao Supremo.
Por outro lado, Moraes mantém o controle total do caso. Seja qual for o caminho escolhido – alteração da PEC ou recurso jurídico –, a última palavra será dele. Além disso, o Congresso vira campo de batalha: a oposição pressiona por avanços, enquanto governistas e setores do STF trabalham para bloquear qualquer concessão.
O clima é de desespero nos bastidores. Aliados admitem que a aprovação da anistia está longe de ser garantida e, por isso, a prisão domiciliar pode se tornar a única saída para evitar uma imagem dramática: Bolsonaro atrás das grades da Papuda. Enquanto isso, o ex-presidente assiste ao confronto político que define seu futuro – e o PL trabalha contra o tempo para transformar o “plano B” em realidade.



