Câmara aprova projeto que exige 80% da pena em regime fechado, mas esquerda tenta barrar endurecimento
A tensão aumentou no plenário! A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 1.112/2023, que exige que condenados por crimes hediondos cumpram pelo menos 80% da pena em regime fechado antes de pedir progressão. No entanto, quase todos os deputados do PT e todos do Psol se posicionaram contra a medida.
Mesmo com a ampla maioria favorável, alguns nomes chamaram atenção por votarem contra o projeto:
Deputados que rejeitaram o endurecimento |
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Guilherme Boulos (Psol-SP) |
Erika Hilton (Psol-SP) |
Lindbergh Farias (PT-RJ) |
André Janones (Avante-MG) |
Por outro lado, apenas quatro parlamentares do PT apoiaram o projeto:
Deputados do PT favoráveis à medida |
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Delegada Adriana Accorsi (GO) |
Merlong Solano (PI) |
Reginaldo Lopes (MG) |
Waldenor Pereira (BA) |
A base do governo se opôs firmemente ao texto. O deputado Tarcísio Motta questionou a eficácia do endurecimento:
“Este Congresso, ao longo do tempo, aumentou penas, dificultou progressão, e qual o resultado? Não resolveu e não vai resolver.”
A oposição reagiu com veemência. A deputada Bia Kicis não poupou críticas ao modelo atual:
“As pessoas se sentem compelidas a cometer crimes porque não têm o menor medo da punição. A impunidade é a mãe da reincidência.”
Entenda o que muda com o projeto aprovado
O projeto altera as regras para progressão de regime de condenados por crimes hediondos. Hoje, os condenados podem progredir entre 40% e 70% do cumprimento da pena. A proposta aprovada elimina essa variação e determina o cumprimento de no mínimo 80% da pena em regime fechado.
Além disso, o projeto também proíbe a concessão de liberdade condicional para esses crimes. Em casos de estupro de vulnerável, por exemplo, o condenado que antes podia progredir após 4 anos, agora só poderá após 8.
Confira alguns crimes listados como hediondos segundo a legislação:
Crimes considerados hediondos |
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Homicídio com motivação torpe, crueldade ou emboscada |
Estupro e estupro de vulnerável |
Latrocínio |
Feminicídio |
Extorsão mediante sequestro |
Violência sexual contra menores |
Tráfico de pessoas |
Produção ou transmissão de pornografia infantil |
Furto qualificado com explosivos |
Genocídio |
A proposta segue agora para o Senado, onde será novamente analisada. Caso aprovada, a nova regra poderá representar um divisor de águas no combate à criminalidade violenta no país.
A população, cada vez mais insegura, espera que as leis finalmente imponham consequências reais aos criminosos.
Fonte – Revista Oeste
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