Presença de Peninha no Conselho Editorial do Senado é derrubada após polêmica com celebração de assassinato
Em um desdobramento explosivo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), anunciou nesta quarta-feira (17) o afastamento imediato de Eduardo Bueno, o Peninha, do Conselho Editorial da Casa. A decisão veio após um vídeo do escritor viralizar, no qual ele celebrava o assassinato do comentarista conservador americano Charlie Kirk, morto em 10 de setembro.
Durante a sessão, Alcolumbre admitiu o erro e fez um pedido de desculpas contundente:
“Eu quero pedir desculpa ao Brasil, porque, no dia e na hora em que esse vídeo chegou ao meu conhecimento, era para eu ter demitido esse rapaz. Se a gente critica lá fora, temos que dar o exemplo aqui dentro.”
O presidente ainda revelou ter pressionado Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do Conselho Editorial, para demitir Peninha imediatamente.
Alcolumbre foi enfático ao justificar a medida:
“Um absurdo aquele vídeo. Liguei para o presidente do Conselho Editorial e disse: ‘Vídeo de retratação não resolve. Procure esse rapaz e demita-o’. Se não fosse afastado, eu mesmo o faria amanhã.”
Horas depois, Randolfe confirmou o desligamento do escritor.
O caso ganhou combustível extra com a atuação do senador Rogério Marinho (PL-RN), que apresentou uma questão de ordem no plenário e reuniu quase 40 assinaturas pedindo a expulsão de Peninha. Marinho disparou:
“Nós não podemos conviver com discursos de ódio, muito menos abrigar alguém que celebra assassinatos em um dos espaços mais importantes desta Casa, o Conselho Editorial.”
Por fim, a queda de Peninha simboliza um duro golpe na imagem do Senado, que tenta conter os danos políticos e morais causados pelo escândalo. O episódio expôs a pressão inédita de parlamentares e da opinião pública por responsabilização imediata, evidenciando a crise institucional instaurada na Casa.



