Em um movimento que pegou a comunidade acadêmica de surpresa, o governo Lula anunciou uma medida que pode colapsar o funcionamento das universidades federais em todo o país. A decisão polêmica altera a forma como os recursos públicos são distribuídos: o que antes era repassado mensalmente, agora será entregue em três parcelas, sendo que a maior parte só será liberada no final do ano, em novembro e dezembro.
A mudança acendeu o alerta vermelho nas instituições de ensino, que já enfrentam sérias dificuldades financeiras há anos. Com contas fixas como água, luz, auxílio estudantil e alimentação batendo à porta todos os meses, reitores afirmam que o novo modelo de repasse torna impossível manter as atividades funcionando normalmente.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) foi categórica ao denunciar a medida, afirmando que a liberação tardia dos recursos praticamente paralisa o funcionamento das universidades. “Se o dinheiro só chega no fim do ano, como manter as portas abertas até lá?”, questionam.
Mesmo reconhecendo que o Ministério da Educação tem mostrado disposição para o diálogo, a entidade não esconde o desespero diante da situação: as universidades estão à beira do colapso. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) declarou que a sobrevivência financeira das instituições está se tornando “inviável”, enquanto a Universidade de Brasília (UnB) ainda tenta avaliar o impacto devastador do novo decreto.
Enquanto isso, o Ministério da Educação joga a culpa nos governos passados, alegando que o atual sufoco é herança de anos de descaso com o ensino superior. Mas para quem está nas salas de aula e nos laboratórios, o caos é agora — e o futuro da educação pública no Brasil está pendurado por um fio.
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Fonte CNN