Gilmar Mendes Desencadeia Crise Diplomática ao Desafiar Lei Magnitsky em Nome dos Bancos Brasileiros
Diretamente de Lisboa, Gilmar Mendes chocou o cenário político ao agir como porta-voz oficial dos bancos brasileiros, declarando que as instituições financeiras ignorarão a Lei Magnitsky no país. A afirmação, que ecoa como um desafio aos Estados Unidos, surge em meio à crescente pressão de Washington contra autoridades nacionais acusadas de abusos de poder.
“As instituições financeiras não aplicarão a Lei Magnitsky em território nacional”
, anunciou o ministro, em uma mensagem que expõe a tensão entre Brasil e EUA.
Por outro lado, análises revelam que a postura de Gilmar esconde uma estratégia calculada. Especialistas apontam que os bancos não têm como garantir tal posicionamento, já que sanções americanas são inevitáveis e sem aviso prévio. Ao transferir a responsabilidade ao setor financeiro, o ministro tenta preservar uma fachada de neutralidade, enquanto protege aliados e interesses pessoais ameaçados pela política agressiva de Donald Trump.
Enquanto isso, o clima no STF revela um jogo de poder duplo. Se, por um lado, Flávio Dino ataca a Lei Magnitsky com declarações inflamadas, decretando sua “nulidade” no Brasil
, Gilmar prefere manobras nos bastidores, usando os bancos como escudo para resistir às sanções. A contradição expõe a fratura interna entre o discurso de legalidade e a proteção mútua entre autoridades investigadas.
Segundo fontes, as negociações sobre o tema estariam paralisadas após o encontro entre Trump e Lula na ONU. A suposta “química” entre os líderes gerou expectativa de um acordo diplomático, mas nenhum avanço foi confirmado. Curiosamente, a prometida reunião para definir os próximos passos segue sem data marcada, alimentando dúvidas sobre o futuro da relação bilateral.
Nos corredores do poder, especula-se que a atuação de Gilmar é uma tentativa de mensurar a resistência brasileira às pressões externas. No entanto, diante do poderio econômico dos EUA, nem o STF nem o Planalto parecem ter força para frear as retaliações. A indefinição da “semana que vem” — ainda sem previsão — deixa claro: o destino da elite jurídica brasileira pode depender de um único movimento em um tabuleiro geopolítico cada vez mais hostil.



