Operação envolveu condenada por corrupção e recursos públicos, mas dados continuam escondidos
Brasília, 25 de junho de 2025 — A Força Aérea Brasileira decidiu trancar a sete chaves as informações sobre o polêmico voo que trouxe a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, ao Brasil. Após a concessão de asilo diplomático autorizado pelo governo federal, Heredia, que recebeu sentença por corrupção em seu país, desembarcou em Brasília no dia 16 de abril.
No entanto, os custos dessa missão sigilosa permanecerão ocultos do público até pelo menos 2030. Um pedido feito por meio da Lei de Acesso à Informação esbarrou em uma negativa oficial: os militares consideraram os dados como parte de um plano estratégico.
“Os custos operacionais das aeronaves da Força Aérea Brasileira são dados de acesso restrito, posto que são essenciais para os planos e operações estratégicos das Forças Armadas…”
Essa justificativa foi endossada no início de junho pelo gabinete do Comando da Aeronáutica, sob responsabilidade do tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz Damasceno.
A polêmica aumenta quando se relembra que tanto Heredia quanto seu marido, Ollanta Humala (ex-presidente do Peru entre 2011 e 2016), foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro durante a campanha presidencial de 2011.
Operação envolveu avião exclusivo e pagamento de diárias
O Ministério das Relações Exteriores oficializou o asilo em 15 de abril, com base na Convenção de Asilo Diplomático de 1954. Após o salvo-conduto concedido pelo governo peruano, Heredia e seu filho puderam deixar o país.
Para essa missão, a FAB utilizou um avião modelo E-135 Shuttle (VC-99C), configurado para transportar até 14 passageiros. A bordo, seis militares atuaram como tripulação.
Mesmo com o sigilo em torno do custo total da missão, a FAB revelou ao menos o valor das diárias dos militares envolvidos:
Item | Informação |
---|---|
Modelo da aeronave | E-135 Shuttle (VC-99C) |
Capacidade | 14 passageiros |
Tripulantes | 6 militares |
Diárias pagas | R$ 7.539,70 |
Prazo de sigilo | 5 anos |
Esse cenário levanta novos questionamentos sobre o uso de recursos públicos e a transparência nas ações do Estado. A população, enquanto isso, permanece sem saber quanto custou essa controversa operação de resgate diplomático.
Fonte – Poder360
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