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Brasília está em ebulição. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), analisa a possibilidade de indicar Nikolas Ferreira (PL-MG) como relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará supostos desvios no INSS.
Nos bastidores do Congresso, essa possível escolha ganhou força após atritos intensos entre o Legislativo e o Palácio do Planalto. Diversas fontes próximas a Motta confirmaram que ele cogita, com seriedade, nomear um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos, Hugo Motta”
Enquanto o governo enfrenta desgaste crescente, Nikolas Ferreira desponta como um nome estratégico. Atualmente, ele é um dos deputados com maior engajamento nas redes sociais. Um de seus vídeos — que ataca duramente as propostas do ministro Fernando Haddad — ultrapassou a marca impressionante de 300 milhões de visualizações.
Esse tipo de repercussão tem sido um problema para o governo. A rejeição massiva ao decreto que aumentava as alíquotas do IOF intensificou a crise. A Câmara derrubou o decreto com 383 votos contra 98 — e isso incluiu parlamentares de partidos aliados.
“A Câmara, com 383 votos de deputados de esquerda, de direita, decidiu derrubar um aumento de imposto sobre o IOF, o imposto que afeta toda a cadeia econômica.”
Inicialmente, Motta pretendia escolher um nome do Centrão para a relatoria da CPMI. Contudo, após o desgaste político, ele passou a considerar um nome com perfil combativo e forte identidade bolsonarista. Isso mostra que o recado ao Planalto está sendo dado com clareza.
Além de Nikolas Ferreira, outro nome que surgiu nas articulações foi Evair de Melo (PP-ES). Evair, por sinal, é o autor de um requerimento polêmico: ele defende que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) possa manter seu mandato mesmo residindo fora do país.
Deputados Cotados | Partido | Perfil |
---|---|---|
Nikolas Ferreira | PL-MG | Altamente popular nas redes, combativo |
Evair de Melo | PP-ES | Aliado de Bolsonaro, autor de requerimentos polêmicos |
A escalada da tensão mostra um Congresso menos disposto a aceitar imposições do Executivo. O vídeo divulgado pelo PT, que comemorou a derrubada do decreto como uma “vitória dos pobres contra os ricos”, só aumentou o atrito.
Em resposta, Hugo Motta reagiu com firmeza, posicionando-se contra a narrativa do governo e deixando claro que a Câmara age com independência. Ele reforçou que a decisão de derrubar o aumento do IOF foi unânime entre diversos espectros políticos.
“Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos”
Enquanto isso, os bastidores seguem fervendo, e o nome do relator da CPMI do INSS pode selar o rumo das próximas batalhas entre Congresso e Planalto.
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