Ex-delegado-geral da Polícia Civil de SP é executado a tiros de fuzil em emboscada no litoral
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, sofreu um ataque brutal e foi assassinado a tiros em Praia Grande, no litoral paulista. Criminosos fortemente armados com fuzis emboscaram o ex-chefe da polícia paulista nesta terça-feira (16), em uma ação chocante que paralisou o estado.
Imediatamente, as investigações avançaram a passos largos. O secretário da Segurança Pública de SP, Guilherme Derrite, já confirmou que dois suspeitos foram identificados e que a polícia deve solicitar em breve a prisão temporária deles. Portanto, as forças policiais estaduais assumiram o controle total do caso, recusando, por enquanto, a participação direta da Polícia Federal, mesmo com o apoio oferecido pelo ministro da Justiça.
“Agradecemos o apoio da Polícia Federal, mas no momento todo o aparato do estado aqui é 100% capaz de dar a pronta resposta necessária. Tanto é que, em pouquíssimas horas, o primeiro indivíduo [ligado ao crime] já foi identificado e qualificado. Nós vamos continuar realizando esse trabalho”
Câmeras de segurança registraram cada detalhe do crime hediondo. As imagens mostram uma perseguição veicular intensa que terminou de forma trágica quando o carro de Ruy colidiu com um ônibus. Sem qualquer chance de defesa, os criminosos desceram do veículo e efetuaram 21 disparos com fuzis contra a vítima, em uma execução covarde.
Enquanto isso, uma força-tarefa especial, determinada pelo governador Tarcísio de Freitas, foi criada para capturar os responsáveis. O Departamento Estadual de Homicídios (DHPP) e o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) estão totalmente mobilizados, utilizando sua extensa rede de informantes para desvendar o caso.
O governador não escondeu seu choque com a ousadia do crime.
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado. O delegado Ruy percebeu que estava sendo atacado, tentou escapar da emboscada, mas foi covardemente assassinado”
As autoridades concentram as investigações em duas linhas principais: uma possível vingança do PCC, facção que Ruy combateu ferrenhamente durante sua carreira, ou uma retaliação por suas atividades recentes na prefeitura de Praia Grande.
Ruy Ferraz Fontes, que comandou a Polícia Civil paulista entre 2019 e 2022, era uma figura de grande respeitabilidade, com passagem por departamentos de elite como o DHPP, o Denarc e o Decap. Sua morte violenta levanta alarmes sobre a audácia do crime organizado no estado.



