A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre fraudes no INSS avançou nesta segunda-feira (1º/9) com uma medida considerada decisiva: aprovou a prisão preventiva de 21 suspeitos ligados a um esquema criminoso que desviou cerca de R$ 2 bilhões de aposentados por meio de descontos indevidos.
O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), apresentou o requerimento, aprovado por unanimidade — 26 votos a favor. A decisão agora será encaminhada ao ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável por autorizar as ordens de captura.
O escândalo veio à tona após reportagens do portal Metrópoles, publicadas desde dezembro de 2023, que detalharam como associações fraudavam filiações de idosos e realizavam descontos mensais ilegais. Em apenas três meses, os recursos começaram a jorrar para grupos criminosos, e a investigação revelou a dimensão do esquema: R$ 2 bilhões arrecadados em apenas um ano, mesmo diante de milhares de processos judiciais contra essas entidades.
A revelação fortaleceu a pressão da oposição por responsabilização dos envolvidos e reparação aos milhões de aposentados prejudicados. O caso expôs não apenas a fragilidade dos mecanismos de controle do INSS, mas também a lentidão do governo diante do maior golpe já registrado contra beneficiários da Previdência Social no país.
Nomes incluídos no pedido de prisão:
-
André Paulo Félix Fidelis
-
Eric Douglas Martins Fidelis
-
Cecília Rodrigues Mota
-
Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho
-
Thaisa Hoffmann Jonasson
-
Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira
-
Alexandre Guimarães
-
Antônio Carlos Camilo Antunes (“Careca do INSS”)
-
Rubens Oliveira Costa
-
Romeu Carvalho Antunes
-
Domingos Sávio de Castro
-
Milton Salvador de Almeida Júnior
-
Adelinon Rodrigues Júnior
-
Alessandro Antônio Stefanutto (ex-presidente do INSS)
-
Geovani Batista Spiecker
-
Reinaldo Carlos Barroso de Almeida
-
Vanderlei Barbosa dos Santos
-
Jucimar Fonseca da Silva
-
Philipe Roters Coutinho
-
Maurício Camisotti
-
Márcio Alaor de Araújo



