Nota oficial denuncia “flagrante violação” e alerta para risco de catástrofe internacional
O clima internacional esquentou após a surpreendente ofensiva militar dos Estados Unidos contra alvos nucleares estratégicos no Irã. Neste domingo (22), o governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, soltou uma dura nota de repúdio.
“Com veemência”, o Brasil condenou os ataques, classificando-os como uma “flagrante violação da soberania iraniana e do direito internacional”. A nota expressa ainda “grave preocupação com a escalada militar no Oriente Médio”.
A advertência é direta:
“Qualquer ataque armado a instalações nucleares representa flagrante transgressão da Carta das Nações Unidas e de normas da Agência Internacional de Energia Atômica. Ações armadas contra instalações nucleares representam uma grave ameaça à vida e à saúde de populações civis, ao expô-las ao risco de contaminação radioativa e a desastres ambientais de larga escala”.
O Itamaraty não deixou dúvidas sobre sua posição:
➡️ Defesa do uso exclusivamente pacífico da energia nuclear |
➡️ Rejeição à proliferação nuclear, especialmente em zonas instáveis |
➡️ Repúdio aos bombardeios em áreas densamente povoadas |
➡️ Condenação ao impacto em civis e infraestrutura protegida, como hospitais |
A nota termina com um apelo firme:
“Exercício da máxima contenção” e busca urgente por uma “solução diplomática que interrompa o ciclo de violência”.
Para o Itamaraty, a continuidade dessa escalada militar ameaça a paz regional e mundial e mina todos os esforços internacionais pela não proliferação e pelo desarmamento nuclear.
Os bombardeios ocorreram no sábado (21). O então presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou os ataques a três instalações nucleares iranianas: Fordow, Isfahan e Natanz.
“Destruir a capacidade nuclear iraniana” foi o objetivo declarado por Trump, que classificou a ação como um “sucesso militar espetacular”.
Essa investida marca uma virada histórica — a primeira ofensiva direta dos EUA contra o programa nuclear do Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.
A resposta iraniana veio de forma contundente:
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que Washington cruzou “linhas vermelhas perigosas” e declarou que “a diplomacia não é uma opção no momento”.
O cenário internacional segue tenso, e o Brasil fez questão de deixar sua posição clara.
Fonte : Sbt News
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