Último dia de Barroso no STF: emoção e alerta sobre ameaças à democracia
Em clima de despedida marcante, Luís Roberto Barroso encerrou nesta quinta-feira (25) seu mandato como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). Visivelmente emocionado, ele afirmou que a Corte travou uma batalha épica para proteger a democracia e os direitos fundamentais, mesmo sob pressões intensas e julgamentos polarizadores.
“O STF cumpriu, com custo pessoal aos ministros, o papel de preservar o Estado de Direito”
, declarou Barroso, destacando que o Brasil mantém estabilidade institucional desde a Constituição de 1988, com liberdade de imprensa e respeito às minorias. Por outro lado, ele enfatizou a necessidade de pacificiação política, baseada no diálogo e no respeito às diferenças.
Enquanto isso, Gilmar Mendes surpreendeu ao classificar o julgamento da tentativa de golpe de 2022 como
“o maior assalto contra a democracia na história recente”
. O decano do STF lembrou que a condenação de um ex-presidente e militares de alto escalão é um marco histórico mundial, só possível graças à postura firme da Corte.
Não por acaso, Alexandre de Moraes foi amplamente destacado por seu papel crucial nesses embates. Por outro lado, autoridades como o procurador-geral Paulo Gonet e o advogado-geral da União, Jorge Messias, exaltaram a liderança de Barroso durante o período de ataques às instituições.
Agora, o ministro Edson Fachin assume a presidência do STF na próxima segunda-feira (29), enquanto Alexandre de Moraes tomará o cargo de vice. O cenário se fecha com um recado claro: o Judiciário continua em alerta máximo contra retrocessos democráticos.



