Emergência em São Paulo: Crise do Metanol Já Deixa Cinco Mortos e Põe Autoridades na Mira
Desde o início da onda de bebidas adulteradas, 30 pessoas foram presas em São Paulo por venda irregular ou manipulação de produtos. Só nas últimas horas, Hortolândia e Tatuí registraram novas prisões, enquanto o estado contabiliza 25 casos confirmados de intoxicação e outros 160 sob investigação. O balanço já inclui cinco mortes, ligadas diretamente ao consumo de metanol em bebidas falsificadas.
Enquanto isso, a atuação do governo estadual é alvo de críticas. Eduardo Maurício, especialista em crimes de consumo, não poupa palavras:
“A gestão poderia ser mais satisfatória e eficaz. Se não encontrarmos a origem do problema, o número de mortes pode crescer exponencialmente”.
Ele ressalta que, embora alguns comerciantes possam atuar sem saber da fraude, a aquisição de produtos sem nota fiscal ou a negligência evidente pode levar à responsabilização penal – incluindo acusações de homicídio.
Por outro lado, a crise ganhou contornos políticos. Com casos surgindo em outros estados, o governo federal decidiu envolver a Polícia Federal nas investigações, gerando atritos. Maurício condena a polarização:
“Colocar o debate político no centro do problema é gravíssimo. A cooperação entre esferas de governo é fundamental para prevenir mortes e cortar o mal pela raiz”.
Enquanto as autoridades discutem, a população enfrenta riscos diários. O especialista alerta: a falta de controle sobre a origem das bebidas transformou o estado em um campo minado. Sem uma ação imediata e coordenada, o pior pode estar por vir.



