Detenção de brasileiros em Gaza gera tensão internacional e cobranças ao governo brasileiro
Deputados do PT e PSOL realizaram um encontro urgente com o chanceler Mauro Vieira nesta quinta-feira para enfrentar o caso de 17 brasileiros detidos por Israel durante a interceptação de uma flotilha rumo à Faixa de Gaza. Entre os presos está a deputada federal Luizianne Lins – situação que motiva críticas ferrenhas ao governo israelense. Dois cidadãos continuam desaparecidos, incluindo um argentino residente no Brasil, ampliando a crise.
O Consulado Brasileiro confirmou que fará a primeira visita consular aos detidos na sexta-feira, antes do início do processo de deportação. Enquanto isso, parlamentares denunciam violações graves:
“Eles estão incomunicáveis e sendo interrogados sem advogados ou representantes consulares”
– prática classificada como violação de direitos humanos.
O embaixador da Palestina elevou o tom ao afirmar à imprensa:
“A interceptação ocorreu em águas internacionais, o que configura sequestro”
. A deputada Jandira Feghali (PCdoB) defendeu ruptura imediata nas relações comerciais com Israel, porém destacou que a decisão final cabe ao Planalto.
A tensão aumenta com a revelação de que o presidente da Câmara, Hugo Motta, exigiu respeito às prerrogativas parlamentares de Luizianne Lins. O Itamaraty já emitiu nota oficial condenando a ação militar israelense, alertando:
“A integridade física dos brasileiros é responsabilidade do governo de Israel”
.
Enquanto familiares aguardam notícias, a lista de detidos inclui nomes como João Leonardo Cavalcanti e Thiago de Ávila. O caso já mobiliza organizações de direitos humanos internacionais, que pressionam por uma solução rápida antes que os protestos ganhem proporções globais.



