Surto de metanol no Brasil: 12 estados em alerta e orientações urgentes para a população
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, revelou um cenário crítico: 127 casos confirmados de intoxicação por metanol já foram registrados em 12 estados brasileiros. Apesar do número estável de confirmações, a quantidade de suspeitas preocupa, enquanto autoridades intensificam ações contra esse grave risco à saúde pública.
“Nossa recomendação é evitar bebidas destiladas, sobretudo aquelas em garrafas com rosca”, alertou Padilha, durante coletiva em Teresina. O ministro foi enfático: “É um produto de lazer, não de necessidade. Evitem riscos”.
Enquanto isso, o governo anunciou medidas emergenciais: 604 farmácias de manipulação estão prontas para produzir etanol farmacêutico, antídoto crucial nesses casos. Além disso, 12 mil ampolas da substância já foram adquiridas, e mais 2.500 tratamentos de Fomepizol chegarão ao país na próxima semana via Organização Pan-Americana de Saúde.
Profissionais de saúde receberam ordens diretas: notificação imediata diante da menor suspeita. Imediatamente após o registro, os Centros de Toxicologia entrarão em ação com suporte técnico para monitorar acidose metabólica, hidratação e funções cardíacas.
O alerta máximo vale para consumidores. Entre as orientações-chave:
Verificar lacres intactos, desconfiar de preços baixos e pontos de venda informais, checar dados de rótulos como CNPJ e validade, e jamais fazer testes caseiros como provar ou cheirar bebidas suspeitas.
“O momento é de atenção, não de pânico”, reforçou Padilha, destacando que ainda não há casos confirmados em latas ou garrafas com tampas metálicas.
Sintomas como náuseas e vômitos intensos exigem procura imediata por atendimento médico. Com características quase idênticas ao etanol, o metanol se camufla em bebidas adulteradas – um risco invisível que já colocou o país em pé de guerra contra essa ameaça silenciosa.
