STF Mantém Condenação de Bolsonaro e Flávio Acusa “Farsa” com Ameaças ao Ex-Presidente
Imediatamente após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitar por unanimidade nesta sexta-feira (7) o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou a decisão como “uma farsa”. A medida mantém a condenação de 27 anos e 3 meses imposta ao ex-mandatário, cuja prisão pode se tornar realidade a qualquer momento.
“Uma farsa em que já se sabe o resultado final antes mesmo de o processo começar, não pelo que está nos autos, mas em função de quem está julgando”, declarou o senador à CNN Brasil. Portanto, Flávio não surpreendeu-se com o veredito, mas apelou ao “bom senso” em relação à eventual detenção do pai. “Já que ele foi condenado sem ter feito absolutamente nada de errado, o mínimo que se espera é bom senso e que ele fique em casa”, argumentou, destacando a ausência de estrutura específica para ex-presidentes no país.
Além disso, o parlamentar acusou o ministro Alexandre de Moraes de agir por “vingança pessoal e insana” contra Bolsonaro. Enquanto isso, Flávio afirmou que o tratamento judicial seria drasticamente diferente se o ministro tivesse sido indicado por outro presidente. “Se fosse com o ex-presidente Temer, ele jamais faria o que está fazendo com Bolsonaro. É público e notório que Bolsonaro precisa de cuidados médicos permanentes e, às vezes, imediatos”, disparou.
Conclusão explosiva do senador: “Como todos sabem disso, inclusive o ditador, só posso concluir que ele quer que Bolsonaro morra”. Por outro lado, Flávio garantiu que “não vão calar Bolsonaro nunca”, afirmando que a condenação representa “o sepultamento da democracia”. “Condenar o maior líder da direita na mão grande, num processo ilegal em que as provas atestam a sua inocência”, finalizou.
A Primeira Turma do STF rejeitou os recursos de Bolsonaro e outros seis réus integrantes do núcleo central do suposto plano de golpe: Walter Braga Netto, Anderson Torres, Almir Garnier, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem. Apenas o tenente-coronel Mauro Cid, que fechou acordo de delação premiada, não recorreu da decisão.



