RJ está sozinho na guerra contra o crime – precisa de forças armadas federais
A operação atual no Rio de Janeiro transcende a segurança pública comum, configurando um “estado de defesa” contra uma guerra que excede as competências estaduais. A declaração do governador Cláudio Castro expõe uma realidade alarmante: o estado enfrenta um conflito armado avançado, impulsionado pelo tráfico de armas e lavagem de dinheiro, mas está isolado na luta.
Quando a segurança vira defesa
Esta não é uma batalha contra o crime urbano comum. O poder bélico envolvido – financiado por recursos ilícitos e com arsenal que ultrapassa o controle civil – já extrapolou os limites constitucionais da segurança pública. A operação atual é, em essência, uma guerra urbana exigindo resposta militar, algo que a estrutura estadual não suporta sozinha.
O vácuo da integração federal
Em contraste com 2019, quando uma ação integrada entre forças estaduais e federais gerou resultados positivos visíveis nacionalmente, hoje o Rio opera em total isolamento. A ausência de apoio de forças armadas federais é crítica, mesmo com o estado reconhecendo que já excedeu suas competências para proteger a população. O governador enfatiza: “O Rio está sozinho nessa guerra”.
Consequências do abandono estratégico
A falta de parceria federal transforma o estado em alvo fácil para críticas, especialmente quando medidas excepcionais se tornam necessárias. Cláudio Castro justifica ações como extensão de competências, afirmando: “Como nós jamais abandonaremos a população se tiver que exceder, excederemos mais ainda”. Apesar dos repetidos pedidos por ajuda, os apelos à integração foram negados, deixando o Rio vulnerável.
Urgência de reconhecimento do conflito
O cenário exige mais do que ajustes táticos. Requer reconhecimento de que o RJ enfrenta uma guerra que demanda mobilização nacional. A participação das forças armadas federais não é opcional, mas essencial para conter uma ameaça que já derrubou barreiras institucionais e coloca em risco a segurança de milhões de brasileiros.



