Esquerda domina redes sociais, mas direita garante engajamento orgânico em prévia eleitoral
Lula lidera com folga o ranking digital dos presidenciáveis de 2026, marcando 79,76 pontos em performance nas redes sociais. A análise da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados revela que o presidente superou Eduardo Bolsonaro (58,76), Flávio Bolsonaro (49,02) e Tarcísio de Freitas (30,14) em métricas como publicações, seguidores e engajamento até julho de 2025. Curiosamente, Michelle Bolsonaro (12,85) aparece logo atrás de Fernando Haddad (12,96) na disputa virtual.
O levantamento excluiu Jair Bolsonaro, inegível e condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe. Desde 2018, a esquerda intensificou sua estratégia digital sob comando do marqueteiro Sidônio Palmeira. A nova abordagem inclui memes virais, tom agressivo nas contas oficiais e foco em pautas populares como taxação de ricos e soberania nacional.
“É claro que percebemos que a esquerda começou a aparecer mais do que o habitual, só que nunca superou o engajamento que a direita possui nas redes sociais. Percebemos esse movimento na época do tarifaço e da campanha que o PT fez do ‘nós contra eles’. Eles podem até ter ficado na frente em alguns debates em volume de conteúdo compartilhado, mas não no engajamento”, diz Michelle Rodrigues, secretária de comunicação do PL.
O investimento federal em comunicação explodiu neste cenário: R$ 379,8 milhões gastos até outubro, ultrapassando todo o ano de 2024. As redes sociais receberam atenção especial:
- Meta (Instagram/Facebook/WhatsApp): salto de R$ 13,4 mi para R$ 41,3 mi
 - TikTok: aumento de 285%, atingindo R$ 5,27 mi
 - Kwai Brasil: crescimento explosivo de 438%, totalizando R$ 12,5 mi
 
Enquanto isso, plataformas como LinkedIn e Pinterest também registraram aumentos significativos. A oposição alega que o desempenho governista é artificial: “O engajamento na esquerda seria comprado, enquanto na direita seria orgânico”, afirma um estrategista não identificado.
Com a polarização acirrada, cada like e compartilhamento torna-se campo de batalha. A guerra digital já movimenta centenas de milhões e promete redefinir as regras do jogo eleitoral brasileiro.



