Barroso deixa STF em meio a pressão por vaga feminina e nova indicação de Lula
O ministro Luís Roberto Barroso assinou nesta segunda-feira (13) o pedido de aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal, marcando sua saída definitiva para sexta-feira (18). A decisão surpreende, já que ele poderia permanecer no cargo até 2031. Após 12 anos na Corte, o magistrado admitiu publicamente não ter “apego ao poder”, declarando em seu último pronunciamento: “Agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos”.
Enquanto isso, o presidente Lula prepara sua terceira indicação ao STF em menos de dois anos. O nome escolhido definirá o equilíbrio de forças na mais alta instância judicial do país. Entre os principais cotados estão Bruno Dantas (TCU), Vinícius de Carvalho (CGU) e Jorge Messias, atual advogado-geral da União conhecido por sua atuação em questões religiosas.
Por outro lado, grupos da sociedade civil aumentam a cobrança por diversidade. A pressão por uma mulher no cargo ganha força, já que atualmente apenas duas ministras compõem o colegiado de 11 membros. O senador Rodrigo Pacheco também emerge como opção, mantendo o suspense sobre o perfil do próximo indicado.
Curiosamente, Barroso encerra o mandato transferindo a presidência do STF para Edson Fachin em setembro, antecipando sua saída. A movimentação ocorre num momento delicado para o governo, que busca consolidar majorias em julgamentos estratégicos. Com informações do Estadão Conteúdo.
