Moraes libera reuniões religiosas de Bolsonaro em prisão domiciliar, mas impõe limites rigorosos
O ministro Alexandre de Moraes deu sinal verde para a realização de encontros semanais de oração na residência onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar. A autorização, baseada no direito constitucional à assistência religiosa, permite que até 16 pessoas — incluindo o ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — participem dos rituais.
Entretanto, a decisão veio com um alerta explosivo. Moraes enfatizou que não tolerará desvios de finalidade, como a inclusão de “diversas e distintas pessoas” para burlar regras de visitação. “Não admitirei qualquer tentativa de transformar este espaço sagrado em atalho para flexibilizar a prisão”, destacou o ministro, em tom de advertência.
Enquanto isso, o STF demonstra equilíbrio ao reconhecer o aspecto religioso, mas mantém o controle firme sobre o regime prisional. A corte deixa claro: a torneira está fechada para qualquer manobra que ultrapasse os limites estabelecidos. Portanto, Bolsonaro poderá exercer sua fé, mas sob vigilância cerrada — um jogo de concessões que mantém o ex-mandatário entre a cruz e a espada.



