Fundador histórico da esquerda rompe com PT em meio a críticas e provoca racha nas bases militantes

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Jean Paul Prates rompe com PT após década de militância e mira novo projeto político no RN

Em um movimento que abalou a base aliada de Lula, Jean Paul Prates oficializou sua saída do PT após mais de dez anos de filiação. O ex-senador e ex-presidente da Petrobras justificou a decisão, principalmente, pela falta de espaço político no partido no Rio Grande do Norte, onde, segundo ele, setores internos tomaram posições sem consulta prévia.

“No Rio Grande do Norte, algumas áreas do partido preferiram ocupar espaços sem me consultar. Pensei que no PT esta seria a regra. Como não foi, vou-me embora para outro lugar que seja assim”,

afirmou Prates, deixando claro que o rompimento não está diretamente ligado à sua polêmica saída da presidência da Petrobras em 2025, embora reconheça atritos com ministros do governo federal durante o período.

Enquanto isso, o ex-senador já negocia com MDB e PDT para estruturar um novo projeto, que pode incluir uma candidatura ao Senado em 2026. Analistas interpretam a movimentação como um reposicionamento estratégico, após o desgaste sofrido na Petrobras e no PT.

Por outro lado, Prates não poupou críticas a medidas recentes da estatal. Ele alertou que investimentos em etanol podem comprometer a transição energética, sinalizando que, mesmo fora da empresa, seguirá influente no debate sobre o setor.

O caso expõe uma racha na base de Lula, com um aliado histórico abandonando o barco em meio a disputas internas. A saída de Prates reforça a percepção de que o governo enfrenta tensões crescentes em sua coalizão, enquanto tenta manter a unidade para os desafios de 2026.

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