Michelle Bolsonaro rejeita candidatura à Presidência em 2026 e afirma: “Quero ser primeira-dama”
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, causou impacto ao declarar publicamente que não pretende concorrer à Presidência em 2026. Durante evento do PL Mulher em Ji-Paraná, Rondônia, ela deixou claro seu objetivo: “Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, porque eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”. A declaração ocorre em meio à situação do ex-presidente, atualmente inelegível e em prisão domiciliar após condenação do STF por participação nos atos golpistas de 2022.
Apesar da recusa em assumir uma candidatura própria, Michelle não descarta representar o marido politicamente. “Se ele quiser, serei a voz dele nos quatro cantos da nação”, afirmou, enquanto criticava medidas judiciais impostas à família. “Nem traficante e bandido tá tendo o tratamento que eu tô tendo hoje na minha casa”, disparou, referindo-se a revistas policiais e uso de tornozeleira eletrônica determinados pelo ministro Alexandre de Moraes.
A posição contrasta com declarações recentes, quando admitiu a possibilidade de entrar na corrida presidencial caso fosse “a vontade de Deus”. Pesquisas sugerem que ela supera os filhos de Bolsonaro em simulações eleitorais, chegando a 40% das intenções de voto contra Lula em um segundo turno hipotético.
Enquanto isso, aliados bolsonaristas articulam uma possível chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tendo Michelle como vice. A ideia, porém, enfrenta resistência: Tarcísio já negou publicamente interesse na combinação. Paralelamente, a ex-primeira-dama surge como nome cotado para disputar uma vaga no Senado pelo Distrito Federal, indicando que sua presença no cenário político deve continuar – mesmo que longe do Palácio do Planalto.
