STF condena Bolsonaro a 27 anos e desencadeia crise com EUA: governo Lula enfrenta pressão de Trump e risco de represálias em guerra diplomática sem precedentes
A sentença histórica do Supremo Tribunal Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão, gerou um terremoto nas relações Brasil-EUA. Enquanto Washington ameaçava retaliações econômicas, como a sobretaxa de 50% em produtos brasileiros, o STF mantve a decisão, reforçando a independência do Judiciário.
“Trump tentou condicionar a Justiça brasileira a arquivar o processo, mas o tribunal não cedeu”,
revelam auxiliares de Lula. Agora, a Casa Branca pode pressionar o Congresso Nacional para anistiar envolvidos no golpe de Estado, ampliando a instabilidade política.
Além disso, analistas alertam que a estratégia americana pode mudar: em vez de barreiras comerciais, sanções diretas a ministros do STF e figuras-chave do governo ganham força. O objetivo seria desgastar instituições e enfraquecer Lula, cujo governo teme represálias até 2026, quando o presidente concorre à reeleição.
Enquanto isso, o Planalto adota a tática de “jogar parado”, priorizando parcerias com Europa, Ásia e África.
“O melhor caminho é mostrar resiliência e diversificar mercados”,
defendem assessores, evitando retaliações para não isolar o país.
Porém, o cenário ainda é incerto. A divergência entre Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio revela que o Brasil virou peça no jogo eleitoral americano. Autoridades brasileiras acreditam que apenas após 2024, com definições em Washington, haverá espaço para negociações.
Apesar dos riscos, a condenação de Bolsonaro serviu como símbolo de soberania. O STF deixou claro que não abre mão de sua autonomia, mesmo sob ameaças. Para o governo Lula, transformar essa postura em vantagem geopolítica é o próximo passo decisivo. A crise, portanto, pode reposicionar o Brasil como protagonista global — mas o preço a pagar ainda está em aberto.



