Nikolas Ferreira assume relatoria de polêmico projeto que pode endurecer leis contra PCC, CV e milícias como terroristas
Um embate político explosivo tomou conta da Câmara nesta terça-feira (23): o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) foi escolhido como relator do projeto que pretende classificar PCC, Comando Vermelho e milícias como organizações terroristas. Imediatamente após a designação, o parlamentar soltou um recado inflamado nas redes sociais:
“Vamos ver quem é a favor da bandidagem”
A proposta, apresentada em março de 2025 pelo deputado Danilo Forte (União-CE), promete chacoalhar a segurança pública. O texto quer alterar a Lei Antiterrorismo para incluir facções criminosas e milícias em ações de terror, aumentando penas e incluindo ataques cibernéticos como agravantes.
Enquanto isso, um descompasso internacional esquenta o debate: os Estados Unidos, sob política de Donald Trump, já classificam grupos como o cartel mexicano Sinaloa e o venezuelano Tren de Aragua como “narcoterroristas”. Recentes operações militares americanas no Caribe, inclusive, afundaram embarcações suspeitas da organização venezuelana – ação que já deixou mortos.
No centro da polêmica, o projeto brasileiro destravaria ações mais duras contra facções que, segundo Danilo Forte, usam o terror como estratégia:
“Esses grupos têm utilizado o terror para demonstrar domínio paralelo ao Estado, seja em retaliação a políticas públicas ou controle territorial”
O texto avança num momento delicado: enquanto o governo Lula evita classificar facções como terroristas, os EUA ampliam pressão internacional contra organizações criminosas. Agora, todos os holofotes se voltam para as comissões da Câmara, onde o projeto começará a tramitar nas próximas semanas sob a lupa de Nikolas Ferreira.



