Eduardo Bolsonaro se ausenta de votação crucial e assume liderança sob suspeita de blindagem política
Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, sumiu da votação do projeto de anistia que poderia beneficiar seu pai, mesmo tendo a opção de participar remotamente dos EUA. O parlamentar, que já acumula 23 faltas desde o fim de sua licença médica, alegou “dificuldades técnicas” para justificar a ausência. Nas redes sociais, ele tentou amenizar a situação:
“Hoje, como líder da minoria, sigo tendo o mesmo problema e, assim, não consigo votar a favor do requerimento de urgência da anistia. Porém, deixo aqui manifestado meu voto…”
Enquanto isso, a Constituição ameaça cassar seu mandato caso ele ultrapasse um terço de faltas em sessões ordinárias, mas a recente nomeação de Eduardo como novo líder da minoria na Câmara levantou suspeitas. A ex-líder Caroline de Toni (PL-SC) renunciou ao cargo e transferiu a responsabilidade a ele, declarando publicamente:
“Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à liderança da Minoria da Câmara dos Deputados, para transferir essa responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro.”
Nos bastidores, a movimentação é vista como uma estratégia para proteger Eduardo de processos por quebra de decoro devido às ausências. Além disso, a família Bolsonaro intensificou a pressão pela anistia após a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe. Agora, como líder, o deputado ganha poder institucional para justificar até mesmo suas ações à distância, alimentando debates sobre privilégios políticos.
Por fim, as justificativas técnicas de Eduardo contrastam com o histórico de votações remotas bem-sucedidas no Congresso. Portanto, a polêmica segue aberta, enquanto críticos questionam: será coincidência ou estratégia?
Com informações do Estadão Conteúdo



